scrivere, ragazza, scrivere!
Escrevo por linhas retas mas errantes
Uma profusão de palavras, frases, adjuntos perdidosExplicações soltas, argumentos vacilantes.
Ponta dos dedos frios, tensos, apressados
Que desafiam o tempo e os prazos
Na manhã fria e ensolarada de maio.
Diversos autores na minha solidão
Buscando dar sentido ao pensamento
Tão confuso quanto tudo o mais que eu sinto.
Entre a introdução que nunca termina
E a conclusão que nunca chega
Um mate.
Entre a releitura dos parágrafos
E a reflexão sobre o tema
A lembrança furtiva do teu sorriso.
Dejado acá por
j.
nós devíamos saber que...
eu me nego ao “viveram felizes para sempre”. simplesmente porque
viver para sempre é vão e viver feliz para sempre é me negar permanentemente a minha
dor, a sensação dos dias tristes, nos quais reflito sobre as pessoas, as
relações e as coisas que me afetam, porque me afetam e como me afetam. eu preciso
dos meus momentos sombrios, da minha sombra para fortalecer minha luz. em uma
parceria, a dor ajuda a crescer forte no apoio mútuo, no abraço apertado, no
olhar compassivo que seca a lágrima no rosto do outro enquanto também chora,
que diz uma palavra doce ou apenas beija um beijo quieto, silente, carregado de
sentidos.
Dejado acá por
j.
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