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CAT LOVERS DAY

Para mim, o dia escolhido para o Cat Lovers Day não poderia ter sido mais propício!
Uma honra, aliás!
É importante divulgar o prazer e a alegria que significa contar com a companhia de um bichano, desfazer preconceitos e estereótipos idiotas que existem sobre gatos e, mais do que isso, destacar as peculiaridades desses animais, os cuidados diferenciados que necessitam e a importância de termos profissionais especializados em atendê-los.
Adorei a ideia e, por mim, ela se propaga internacionalmente.


O #catloversday é uma iniciativa das amigas Lui Pinheiro, Rê Prado e Tata Corrêa, que escolheram como dia 29 DE SETEMBRO, aleatoriamente, o dia para que todos os apaixonados por felinos demonstrem seu amor na internet.

A iniciativa segue a mecânica de várias outras ações de sucesso online: no dia marcado, as pessoas trocam seus avatares, substituindo por fotos de ou com felinos. Além dos avatares do Twitter, as fotos serão postadas no perfil do Tumblr:
http://catloversday.tumblr.com/

O objetivo principal da ação além do envolvimento emocional de criadores e amantes de felinos, é chamar atenção das pessoas para os cuidados especiais que os felinos merecem, e muitas vezes são desprezados.

Será disponibilizado um selo para divulgação em blogs, para gerar maior envolvimento.
Acesse: http://loucadosgatos.blogspot.com/
Os perfis e contatos criados para a ação e das organizadoras são:

Twitter: @catloversday
Email: catloversday@gmail.com
Perfil no Tumblr onde serão postados os avatares e fotos: http://catloversday.tumblr.com
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Eventos


Observatório Interdisciplinar de Direitos Humanos (ILEA/UFRGS) 

Núcleo de Antropologia e Cidadania (PPGAS/UFRGS)

CONVIDAM PARA A:

Jornada Direitos Humanos, Políticas de Estado e Práticas de Justiça

13, 14 e 15 de outubro de 2010.

Av. Bento Gonçalves, 9500 - Campus do Vale - UFRGS

Auditório do ILEA e Panteon - IFCH

Porto Alegre, RS.

PROGRAMAÇÃO


13 de outubro – Quarta-feira – Auditório do ILEA
13:30 - Abertura – Denise Jardim (NACi) e Fernando Seffner (GEERGE & Observatório-ILEA)
14:00 – Auditório do ILEA

Migrações Contemporâneas e Direitos Humanos

Pilar Uriarte – (NACi) Entre África e as Américas: Juventude, imigração e circulação internacional
Fanny Longa (NACi) - Experiências de deslocamento forçado e violência no território dos wayuu do sul da Guajira colombiana: reflexões sobre práticas de moralização do comportamento feminino pela violência para-estatal.
Daniel Etcheverry – (NACi) Um antropólogo entre campos de pesquisa, imigrações na América Latina e EU.

Debatedor: Pe Joaquim (Igreja Pompéia/Cibai – Migrações)
Coord: Alex Martins Moraes (NACi)

14 outubro – Quinta-feira - 13:30 – Auditório do ILEA

Políticas de Estado e Práticas de Governo: olhares sobre o campo da saúde

Lucenira Kessler (NACi): Imbricações políticas nas práticas cotidianas do Sistema Único de Saúde- SUS: Entre o saber nativo e o fazer antropológico.
Laura López (UNISINOS)– Políticas, significados e redes em torno da Saúde da População Negra
Pedro Nascimento (UFAL)– Concepções sobre o “direito” de ter filhos: políticas de saúde e os discursos sobre acesso a serviços de reprodução assistida.

Coord e Debatedora: Heloisa Paim (NACi)

14 de outubro – Quinta-feira - 18:30 –Panteon/IFCH

Práticas de Justiça: cruzando temas sobre a promoção da cidadania

Patrice Schuch (UNB)– Feitiço ou Fetiche da Lei? Antropologia e o estudo dos direitos.
Fernanda Ribeiro (PUC-RS)-Entre queixas e autoridades: crianças, família e agentes de proteção.
Mayra Lafouz (NACi)– Percurso para o reconhecimento: a territorialidade dos faxinais no Paraná”

Coord e Debatedora: Sinara Porto Fajardo (NACi/ALERGS)

15 de outubro – Sexta-feira - 13:30 – Auditório do ILEA

Conhecimento e a promoção da cidadania

Raquel Mombelli (NUER/SC; Pós doutoranda do Instituto Brasil Plural) – Quilombos e poderes públicos: convergências e impasses no campo do reconhecimento dos direitos.
Paulo Leivas (MPF)– Reflexões sobre o acesso a medicamentos através da Justiça

Debatedora: Claudia Fonseca (NACi)
Coord: Miriam Chagas (Antropóloga perita do MPF)

Encerramento

Promoção: Observatório Interdisciplinar de Direitos Humanos/ILEA, Núcleo de Antropologia e Cidadania/PPGAS.
Apoio: Departamento de Antropologia, Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, UFRGS, FAPERGS, CAPES e CNPq.
Comissão organizadora: Alex Martins Moraes, Alexandre Peres de Lima, Ana Paula Arosi, Cassio de Albuquerque Maffioletti, Denise Jardim, Daniel Etcheverry, Heloisa Paim, Larissa Cykman de Paula, Lucas Besen.
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Usos de Drogas na Contemporaneidade


I Seminário Usos de Drogas na Contemporaneidade: outras perspectivas em debate

Dia 07 de outubro de 2010, no Pantheon do IFCH / Campus do Vale - UFRGS

Os usos de drogas constituem, na contemporaneidade, uma questão que vem assumindo importância cada vez maior, na medida em que tem sido associada a uma miríade de problemáticas sociais, atravessando diversos campos, como a saúde, a educação e a segurança pública. Ao mesmo tempo, o... modo como a mídia e mesmo a Academia têm tratado do tema tem sido predominantemente através das perspectivas biomédicas, as quais, por vezes, secundarizam a importância dos aspectos históricos, políticos, sociais e culturais que condicionam a constituição e a percepção das práticas de uso de drogas como um problema social. Além disso, há uma disseminação, principalmente nas abordagens mais midiáticas, de enfoques que muitas vezes restringem as possibilidades de pensamento sobre o tema das drogas a uma dicotomia crime/doença, enfatizando uma polarização entre proibição/legalização e, assim, perdendo oportunidades de empreender abordagens mais matizadas e sintonizadas aos últimos desenvolvimentos da pesquisa sobre o tema na área das ciências humanas. Tais abordagens têm tido, como resultado, um aprofundamento nos processos de estigmatização das pessoas que fazem uso de substâncias psicoativas ilícitas, o que em nada contribui para que a sociedade possa constituir formas menos problemáticas de intervenção sobre essas práticas. O que se tem, em boa medida, em conseqüência disso, é um debate bloqueado.

Nesse contexto, o I Seminário Usos de drogas na contemporaneidade: outras perspectivas em debate visa fomentar a discussão e a pesquisa acerca do tema dos usos de drogas na contemporaneidade através da apresentação de abordagens e pesquisas desenvolvidas por acadêmicos de reconhecida relevância no campo das ciências humanas no Brasil, os quais têm apresentado nos últimos anos significativas contribuições para uma compreensão mais ampla dos modos pelos quais práticas de uso de drogas, que ocorrem há milênios e nas mais diversas culturas conhecidas, puderam se tornar, na cultura ocidental contemporânea, um problema cuja magnitude tem abalado os mais fundamentais laços que dão sustentação à vida social.

Programação:

Mesa 1 (Pantheon-IFCH, 07/10/10 – 10 horas): Tráfico de drogas, violência e segurança pública: aspectos jurídicos e sociais

Dr. Salo de Carvalho (Prof. Direito/UFRGS)
Ms. Marcos Rolim (Doutorando em Sociologia/UFRGS, Prof. de Direitos Humanos/IPA, Consultor em Segurança Pública e Direitos Humanos)

Mesa 2 (Pantheon-IFCH, 07/10/10 – 14 horas): Usos de drogas na teia dos saberes e poderes

Ms. Maurício Fiore (Doutorando em Ciências Sociais/UNICAMP)
Ms. Jardel Loeck (Doutorando em Antropologia/UFRGS)

Mesa 3 (Pantheon-IFCH, 07/10/10 – 16 horas): Usos de drogas: controles (im)possíveis, controles (in)desejáveis

Dr. Henrique Carneiro (Prof. História/USP)
Dr. Thiago Rodrigues (Prof. Ciência Política/UFF)

Inscrições:

R$ 5,00
Na Comex, sala 108 do IFCH, no Campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com Tiago Ribeiro. Ou, no dia do evento, no local.
Serão emitidos certificados de extensão universitária àqueles que tiverem 75% de presença.

Maiores informações, clique aqui
Para visualizar o local, acesse o link
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Eu sei que o gaúcho é uma construção histórica, política e cultural dos tempos (pós)modernos (e que do outro lado do Prata tá cheio deles também);
Que os “ideais” da Revolução Farroupilha de um governo republicano, abolicionista e com províncias autônomas tiveram outras nuances e uma série de outros interesses (políticos, econômicos, estratégicos etc) por trás;
Que os negros lutaram tanto (ou mais) que os demais “farrapos” por uma causa que em muito pouco lhes ajudou e que ninguém toca nesse assunto;
Que o hino rio-grandense só no século passado adquiriu o peso simbólico que tem hoje;
E, por fim, mas não menos importante, que NENHUMA causa justifica uma guerra.
Eu também sei que a defesa da preservação de uma “história” tão permeável, moldável e mutante no mais das vezes gera discriminação, preconceito e segregação do diferente e é tão perigosa como qualquer construção de “identidade”, “povo”, “nação” de quem quer que seja, conceitos que se formam na relação com o outro de forma etnocêntrica e violenta.
Mas isso tudo não é suficiente para que eu deixe de achar linda a visão do pampa, com o vento que assobia no ouvido e a imagem de um homem de botas e bombachas no lombo de um cavalo (mesmo que nunca tenha vivido no campo). Tampouco deixo de tomar meu mate em qualquer parte do mundo que eu esteja...
Por mais que eu racionalize sobre tudo isso, não consigo deixar de me emocionar ao ouvir o hino (embora até hoje não tenha descoberto quais são as nossas façanhas que servem de modelo à toda Terra).
O relativismo cultural é um exercício de polícia constante que exerço sobre mim. Tão violento quanto o etnocentrismo, seguramente. Mas tento me consolar pensando que talvez eu seja uma gaúcha em constante autocrítica. Hoje não temos nada para comemorar.
Que essa história inventada sirva principalmente para que pensemos sobre como nos fazemos e sobre o que podemos fazer quando nos fazemos.

Ponte da Azenha - óleo sobre tela (1929)
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Versos en tres tiempos

Tic, tic, tic
Yo escucho los punteros del reloj.
Yo podría encender un cigarrillo,
Calentar el agua,
Hacer un café.
Pero no los hago.
Yo miro la puerta.

Tic, tic, tic,
Yo espero pasar el tiempo.
Yo no fumo más,
Ya tomé el mate,
No bebo café.
Pero imagino el
Tac, tac, tac,
De las llaves en la cerradura de la puerta.

Tic, tic, tic,
Hacen los punteros del reloj,
En su ritmo habitual.
Marcando el tiempo que ya se fue.
Tiempo que no pasa.
Tiempo que no viene.

foto de Fritz
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A Casa e o Sonho

Sim, eu defendo causas. Variadas causas. Apesar de todo o meu mau humor e a minha descrença em um sem-número de instituições, valores e preceitos dessa sociedade insana na qual vivemos, eu ainda sonho. Sonho, eu diria, mais acordada que dormindo, pois sonhar também cansa e à noite estou um bagaço que só pensa em dormir. E sonhar, mais, mais, sempre mais. Pra quê? Não sei. Talvez para me sentir viva, para ter (mais) um bom motivo para seguir vivendo. Para dar sentido à existência.
O fato é que quando soube da campanha de Andrea Beheregaray só desejei seguir sonhando e chamar meus amigos para sonharem comigo. Sonhemos!, quis gritar. Todos juntos, acreditando que, assim, podemos mudar alguma coisa em nossa existência. Sim, podemos. Uma pequena coisa mudada já muda o eu inteirinho, como suspeitava Clarice Lispector. E replicar um email, ato tão simples e rápido, pode surtir um efeito devastador na existência cotidiana ordinária, simples, igual, cinza.
Ao saber da campanha em prol da Casa do Caio Fernando Abreu, eu só quis ajudar de qualquer forma que eu pudesse. Mandei n emails para minha lista de contato, mobilizei contatos que não são da minha lista, pedi licença para contar a história para vários desconhecidos que ainda não conheci.
Hoje, mais uma “ação sonhadora” será posta no ar... Andrea estará no Programa Camarote na TVCom (canal 36 UHF) para falar um pouco mais sobre essa empreitada. Ousada. Sonhadora. Transgressora do comum sense. Como todo sonho deve ser, aliás.

Ficou com vontade de sonhar também? Assista o Programa Camarote às 21h de hoje, assina a petição, entra na comunidade do orkut, segue o blog ou o twitter, ou simplesmente divulga essa ideia para os teus (não) contatos.
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aventurarse en otros pagos


Después de pasar por la experiencia migratoria de vivir en España para aprender con los europeos y descubrir que soy más como los argentinos, mexicanos y ecuatorianos que pensaba yo;
Después de conseguir reconocer los distintos acentos del castellano y saber lo que significa ser latinoamericana, quizá ese texto explique la “crisis” por la que paso ahora. Ese encuentro de identidad que al mismo tiempo alivia y alegra, pero también perturba y me duele.


Doscientos años de soledad
Carlos Franz


América latina y la idea de un congreso federal de repúblicas en la sexta cumbre de jefes de Estado de Europa y América latina, celebrada en Madrid, no se aclaró mucho. Salvo confirmar una cosa: Europa se reunió con un fantasma. La Unión Europea, que, con tropiezos y caídas, avanza hacia un gobierno conjunto, enfrentó a casi una treintena de mandatarios de América latina y el Caribe, incapaces de admitir que los represente uno solo.
Si Zapatero hubiera estirado el brazo para saludar a su contraparte latinoamericana, se habría quedado con la mano tendida, estrechando el aire. En doscientos años no hemos sido capaces de acordar un delegado de todos, aunque fuera rotativo. (Nuestra última broma es la Unasur, que prescinde nada menos que de México.).
América latina nació el 22 de junio de 1856, durante una "cumbre" similar, en París. Nació, pero no ha llegado a existir, todavía. En esa fecha, Francisco Bilbao, el liberal y revolucionario chileno, proscripto, excomulgado, pronunció su discurso "Iniciativa de la América. Idea de un congreso federal de las repúblicas". Ante treinta y tantos prominentes exiliados latinoamericanos en Europa, Bilbao registró por primera vez la expresión "América latina". Lanzando esa utopía los animaba a ensanchar sus mentes con una idea más grande que sus patrias: nuestra unidad federal.
Un siglo y medio después, y en el bicentenario de nuestras independencias, apena reconocer que la idea de América latina ha fracasado. Que se quedó en utopía (un no lugar). América latina entra en su tercer siglo más invocada que vista, más virtual que real, más literaria que literal. No en balde la narrativa es uno de los pocos sitios en los que América latina llegó a existir como imagen conjunta.
Nuestros bicentenarios conmemoran, sobre todo, doscientos años de soledad.
¿Cómo salir de esta historia de soledad y fantasmas? Si queremos que América latina deje de ser un espectro en el mundo, tendrá que ser nuestra gente quien les quite el miedo a los políticos (no sería la primera vez). Tendremos que hacernos ciudadanos latinoamericanos nosotros mismos, sin esperar más a que los Estados nos otorguen esa ciudadanía. Pero ¿dónde se convierten en latinoamericanos los latinoamericanos? La respuesta es bien sabida: viviendo fuera de nuestros países.
Aquella treintena triste de latinoamericanos expatriados en París hoy se ha transformado en decenas de millones repartidos por el mundo. Por ejemplo, en España. Donde ya hay un millón y medio de iberoamericanos descubriendo lo parecidos que somos. Mexicanos, colombianos, argentinos, ecuatorianos o chilenos se alivian de sus diferencias y se unen en sus necesidades, cuando se encuentran y se reconocen, más similares que distintos, en los rigores del destierro. En la fila de la inmigración, o la del paro. En el bar de hombres solos, rabiando celos. En las plazas donde las empleadas domésticas vigilan con un ojo a niños ajenos, mientras añoran a los suyos que quedaron lejos. Sobre todo, los latinoamericanos se encuentran y reconocen como tales en los locutorios.
En los locutorios, sobre las celdillas de los teléfonos y las computadoras, se escuchan y mezclan los acentos de media América latina. Desde allí, esas voces nuestras susurran o gritan enviando euros, noticias y besitos a casa. En los locutorios se aprende que los problemas de uno no son tan distintos de los del vecino, aunque él esté llamando a Colombia y yo, a Chile.
La emigración suele contarse como una tragedia de nuestras políticas fallidas. Los latinoamericanos, entre quienes tantos descendemos de extranjeros, sabemos que la emigración también es un apasionante relato de aventuras, ingenio y descubrimientos. Los que emigran no son, necesariamente, los que "sobran", sino esos a quienes les sobra energía, valor y curiosidad. Esta gente, en muchos sentidos la mejor, es la que está reconociéndose como latinoamericana en España. Añádanse los miles de estudiantes que acuden cada año a perfeccionarse. El programa Erasmus tiene como verdadero objetivo enseñar a ser europeos a los jóvenes de este continente. Por su parte, los estudiantes nuestros que vienen a España aprenden una materia secreta, de la que sus gobiernos ni se enteran: cómo ser latinoamericanos. Hay una nueva oportunidad, en estas migraciones del siglo XXI, para el viejo sueño fallido de una América latina unida. No sólo porque nunca antes hubo tantos latinoamericanos reales, en lugar de fantasmales. También porque jamás una comunidad de emigrantes mantuvo tanto contacto con sus patrias lejanas.
Desde sus bulliciosos locutorios, estos latinoamericanos distantes influyen a diario en la vida de sus países de origen. Constituyen, de hecho, una quinta columna que socava las rigideces ancestrales de nuestras sociedades con un potencial de cambio incalculable. El inmigrante de hace un siglo, que enviaba una carta desde Nueva York o Buenos Aires a sus parientes de Sicilia o Galicia, inoculaba una energía irresistible en los jóvenes de su pueblo. Los inmigrantes latinoamericanos de hoy ejercen esa influencia, de viva voz, todos los días. Por teléfono o chats, mediante videollamadas o correos electrónicos. Un aluvión de terabytes de información personalizada fluye hacia la base social de nuestras naciones. El "efecto llamada", que tanto aterra a los xenofóbicos, es lo menos importante en ese flujo. Unos pocos vendrán; la mayor parte no. Lo importante les ocurre a los que se quedan. Porque el mensaje encriptado en esas comunicaciones ya está cambiando nuestras sociedades. Testimoniando lo que es vivir con los valores que nos escasean: la cultura de la libertad y de la responsabilidad individual.
No vamos a idealizar a España. Un país a medio camino del civismo en varios terrenos. Pero no es indiferente el ambiente de mejor democracia, más Estado de Derecho y mayor libertad individual, donde estos nuevos latinoamericanos están probando su valor. Cada inmigrante que "chatea" estas experiencias a sus paisanos confirma implícitamente que, con todas sus imperfecciones, una sociedad más abierta es preferible a los populismos y las demagogias que algunos venden en nuestros pagos. El inmigrante en una sociedad más libre y democrática, hasta cuando le va mal puede decir que, al menos, es dueño de su destino. Con sus desalientos y esperanzas, ese mensaje se trasmite a una audiencia innumerable en nuestro continente, todos los días.
Los jefes de Estado latinoamericanos que vinieron a Madrid por estos días, rigurosamente desunidos, como manda nuestra tradición, harían bien en tomar nota. Puede que esta quinta columna latinoamericana esté cambiando nuestros países, con sus llamadas desde estos humildes locutorios, mucho más que ellos con sus discursos, desde sus altos podios. La treintena de latinoamericanos expatriados a los que arengaba Francisco Bilbao en París se ha transformado en millones. Su ejemplo gesta la unión iberoamericana del futuro. No será pronto ni fácil. Pero no está prohibido soñar que lo veremos: una futura cumbre donde la Unión Europea no tenga que mirar el rostro fragmentado de un fantasma. Sino el de esta América latina que unió a su propia gente.

(c) LA NACION - Argentina - 27/05/10:
*El autor, chileno, es escritor.
 
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