Foto: Brassaï

A rua estava deserta. A noite fria.
Uma neblina embranquecida
Fazia com que apenas alguns metros do caminho em frente fosse visível.
Ela voltava do bar, a pé, pelo meio da rua.
O asfalto úmido reluzia uma luz que não tinha.
Estava ela e o silêncio.
De súbito, gritou “MARCOS!” a plenos pulmões,
Com toda sua força e potência,
Prolongando a última sílaba.
E foi possível perceber algumas sombras assustadas
Fugindo do caminho.
Um cachorro, temeroso, latiu ao longe.
Seguiu andando.
Ela, o silêncio e seus passos.

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