Não sou mulher de plástico, não.
dessas progressivamente escovada,
lipoesculpida e com sorriso armado de fêmea fatal.
Sou fatalmente construída de nove partes de carne
Com olheiras, dores e mau humores.
Mas também de sorrisos sinceramente escancarados e
Beijos afetuosamente distribuídos.
Tenho rugas testemunhas do meu tempo bem vivido
E nariz empinado pela mãe que me pariu!
Sou mulher o bastante para conduzir a minha vida
E só a mim devo explicações ou obediência.
Não tenho senhores, servos ou seguidores.
Só respeito gente digna de respeito e sem rancores.
Partilho meu tempo com homem que seja seguro
O bastante para saber o que fazer com ele.
Sou mulher de verdades, que pensa, chora, sente e ri.
Tudo em grande quantidade e na hora que bem entender.
Quem não tem força suficiente para lidar com isso
Que busque uma mulher de plástico
Em qualquer prateleira dos mercados da vida
Onde qualquer coisa se pode comprar
Mas que não venha depois se queixar
Que a vida é sem graça, cansativa ou pouco divertida.
Porque viver de verdade é para poucos e
Cada um escolhe aquilo que consegue suportar...

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